O show do cantor LGBTQIA+ Bilal Hassani, previsto para a última quarta-feira (4), foi cancelado, após uma polêmica iniciada por movimentos católicos e tradicionalistas de Metz, no leste da França. O motivos dos protestos é o fato de a apresentação ter sido marcada para uma antiga igreja que foi transformada em uma sala de espetáculos.
Abusando de perucas, maquiagem e visual, Hassani tornou-se um fenômeno nas redes sociais, graças a seu canal no YouTube, onde interpreta sucessos de ídolos como Ed Sheeran e Ariana Grande, além de postar tutoriais de maquiagem e vídeos onde fala abertamente de sua homossexualidade.
A revista LGBT Têtu, em 2018, designou Hassani como parte das “30 LGBT + que movimentam a França”. A revista o descreveu como “um ícone para a juventude LGBT + francesa”.
O coletivo Lorena Católica falou de “profanação”, em plena Semana Santa, que é a ocasião em que celebrada a paixão de Cristo, sua morte e ressurreição. Em uma mensagem em seu blog amplamente divulgada, Chegou inclusive a convocar uma oração de reparação antes do show, diante da antiga igreja de Metz.
O prefeito da Cidade François Grosdidier, não muito contente com as declarações citadas acima e atos de protestos, repudiou o pedido de oração antes do show e cancelamento do mesmo como inadmissível, pois tal ato seria uma ideologia e retrocesso a liberdade de expressão. Comparou ainda como atitudes extremistas e homofóbicas.
“Pode-se apreciar, ou não, Bilal Hassani. O que é inadmissível é que, em nome de uma ideologia, se cancele um show. É um retrocesso da liberdade de expressão e uma concessão a extremistas homofóbicos”, acrescentou.