
No filme “Som da Liberdade,” é evidente o uso de liberdades criativas, como é comum em cinebiografias, na adaptação da vida do ativista Tim Ballard, conhecido por sua luta contra o tráfico infantil, embora recentemente tenha enfrentado acusações de assédio e má conduta sexual, levando ao seu desligamento da fundação que ele próprio criou. O diretor do filme, Alejandro Gomez Monteverde, revelou que aproximadamente 80% da história retratada é verdadeira, admitindo que inicialmente pretendia que fossem apenas 50%.

Em entrevista ao Omelete*, Monteverde esclareceu que não estava buscando criar um documentário, mas sim uma obra de entretenimento que também estimulasse discussões importantes sobre o tráfico de crianças. Ele compartilhou que Tim Ballard insistiu em manter algumas versões controversas de sua história para tornar o filme mais cativante. Discussões prolongadas sobre como contar a história ocorreram entre eles, até que Monteverde percebeu a necessidade de adotar liberdades criativas para envolver o público. Como ele ressaltou, “isso é para começar uma discussão sobre tráfico de crianças, mas precisa entreter.”
Monteverde mencionou um exemplo específico em que a realidade foi adaptada: o incidente com uma arma na Colômbia retratado no filme. Embora Tim Ballard não tenha realmente enfrentado tal situação na Colômbia, ele já havia passado por algo semelhante no Haiti. A decisão de incluir essa cena no contexto colombiano foi uma das maneiras de manter o enredo atraente e impactante.
*Fonte: Site Omelete.