A Federação Internacional de Atletismo (WA, sigla em inglês) proibiu nesta quinta-feira (23) atletas transgêneros de competições internacionais na categoria feminina. A decisão é válida a partir do próximo dia 31. Atualmente, nenhum atleta trans compete nos mais altos níveis de elite da pista.
A decisão ainda não é definitiva, segundo o presidente da World Athletics, Sebastian Coe.
“Decisões que envolvam necessidades e direitos conflitantes entre grupos distintos são sempre difíceis. Continuaremos com a visão de que devemos manter a justiça para as atletas femininas acima de todas as outras considerações. Vamos nos guiar pela ciência no tocante à performance física e à vantagem masculina que, inevitavelmente, se desenvolverá nos próximos anos. Conforme mais evidências forem aparecendo, vamos revisar nossa posição, mas acreditamos que a integridade da categoria feminina no atletismo é fundamental”, – Declarou Sebastian.
Outro conjunto de atualizações, para atletas com diferenças no desenvolvimento sexual, pode afetar até 13 corredores de alto nível. Eles incluem Semenya, bicampeã olímpica nos 800 metros, que está impedida de participar da modalidade desde 2019.
Semenya e outros corredores conseguiram competir sem restrições em eventos fora da faixa de 400 metros a uma milha, mas agora terão de passar por um tratamento de supressão hormonal por seis meses antes de competir para serem elegíveis.
Em comunicado, a Federação justificou a medida a favor da “proteção da categoria feminina”: “O Conselho Mundial de Atletismo tomou hoje uma ação decisiva para proteger a categoria feminina em nosso esporte e o faz restringindo a participação de atletas trans”, escreveu o órgão.
Ex-jogadora de vôlei e jornalista brasileira Ana Paula Henkel comemorou a decisão da Federação Internacional de Atletismo em sua rede social declarando Vitória da Mulheres. Por sua vez o deputado federal Nikolas Ferreira repostou a declaração da ex atleta parabenizando- a e se comprometendo a alcançar o mesmo objetivo nas competições nacionais.